quarta-feira, 22 de abril de 2009

O DIA DA TERRA



Hoje, dia 22 de Abril, comemora-se o Dia da Terra. Esta comemoração, efectuada sempre, desde 1990, resultou de uma acção do Senador norte-americano, Gaylord Nelson, que convocou, em 1970, o primeiro protesto nacional contra a poluição que conduziu, em conjunto com muitas outras acções em diverso pontos do planeta, à famosa Cimeira do Rio em 1992.
Os dados fornecido pela Agência Internacional de Energia (AIE) são preocupantes e revelam que o consumo de energia primária aumentou, entre 1990 e 2006, 34% e, mais grave, o peso dos combustíveis fósseis na estrutura do consumo mantém-se a níveis idênticos aos de 1990, ou seja representam 81% do consumo energético global.
O jornal Público apresenta, neste dia, um interessante dossier que aborda, sobretudo, a questão energética, não só a nível mundial como no nosso país. Apresenta pistas interessantes para os consumidores privados, para as instituições públicas associadas a grandes edifícios e para as empresas, dando grande ênfase à necessidade de existir uma maior eficiência energética, ou seja que o consumo de energia contribua mais para a produção de riqueza.
Li, com especial interesse e mesmo alguma surpresa, as medidas tomadas pelo município de Almada, que lançou uma autêntica “Revolução Urbana” premiada com o segundo lugar no Prémio Semana da Mobilidade Europeia 2008. Destaco a assinatura do Pacto dos Autarcas, iniciativa da Comissão Europeia à qual já aderiram 370 cidades que se comprometem com metas muito mais elevadas que a União para reduzir emissões, poupar energia e usar renováveis. Alargamento da rede do Metro, concretização de uma rede ambiciosa de ciclovias e valorização da bicicleta como meio de transporte, frotas automóveis híbridas, veículos de limpeza eléctricos, tecnologia mais eficiente para os semáforos e iluminação pública, instalação de painéis solares em edifícios públicos e tentativa de implementar, através de auditorias aleatórias, a legislação em vigor sobre eficiência energética dos edifícios (que pelos vistos ninguem cumpre) são algumas das medidas que, aparentemente, tornam este município, muitas vezes mal visto devido ao crescimento urbano exagerado, como um exemplo de boas práticas na área da energia.

5 comentários:

  1. Um assunto muito importante para reflectir neste Dia da Terra é o da Mobilidade. A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim (CMPV) garantiu ter estudos feitos, há anos, para o prolongamento do Metro até ao Centro Intermodal de Barreiros. Não fez nada!
    A CMPV devia pôr em prática o Projecto BOLINA (rede de transportes públicos), que continua a ignorar, de forma irresponsável.
    Na Póvoa de Varzim não há, hoje, Dia da Terra!

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  2. Sendo a Póvoa uma cidade plana com clima ameno, não se compreende a falta de aposta nas ciclovias que já se encontram em muitos outros munícipios com menos perfil para transporte por bicicleta.

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  3. E o projecto da ciclovia a ocupar o espaço da antiga linha da CP para Famalicão?
    É tipo vem aí o Garrett?

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  4. Esse projecto da ciclovia (antiga linha da CP Póvoa-Famalicão) está feito há muito tempo... ...na parte correspondente ao concelho de famalicão!
    Na parte da Póvoa... nada!

    A CM de Famalicão fez o que lhe competia, já a nossa...

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  5. Nós estivemos mais virados para o investimento no ciclismo de competição, modalidade que, por sinal, está cada vez mais desacreditata pelas razões que se conhecem.

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