Há muitos anos que, durante a primeira quinzena de Agosto, mudo-me de armas e bagagens e com a minha família, para uma pequena localidade chamada Altura. É a segunda maior freguesia do concelho de Castro Marim com apenas 2000 habitantes de população residente. No entanto, à semelhança da Póvoa, recebe muita população vinda de diversos pontos do país e do estrangeiro, revelando, contudo, alguma resistência ao “progresso” que invadiu a nossa cidade.
Não tem muitos dos serviços que a Póvoa disponibiliza, mas, em contrapartida, oferece-nos um areal imenso, sem construções, e um mar delicioso.
Em terra, não sendo perfeita e sentindo-se algumas dificuldades no funcionamento da ETAR (sina que me persegue) e tendo, também, a sua “Torre”, o Eurotel, ainda dominam habitações unifamiliares e edifícios baixos, pouco volumosos e típicos da região.
Não foi pressionada, como grande parte das terras do litoral algarvio, pela construção e resistirá, talvez mais alguns anos, à inevitável invasão do “progresso e modernidade”. Nessa altura, terei que encontrar outro espaço por explorar para carregar as minhas baterias.
Consegui, nestes quinze dias, resistir à tentação da escrita e, atendendo aos últimos desenvolvimentos, vou ter que regressar ao Descarga, quanto mais não seja para justificar a minha tomada de posição sobre as eleições autárquicas que se avizinham.