sábado, 5 de dezembro de 2009
Climategate
Nos últimos dias surgiram um conjunto de notícias segundo as quais um dos principais centros de pesquisa sobre o aquecimento global, o Climate Research Unit da Universidade “East Anglia”, envolveu-se de tal modo na tese do aquecimento global que utilizou os piores meios para a sua defesa. A manipulação da informação, através da valorização das teses próximas das do centro ou desacreditação e desvalorização das que contrariavam a ideia do aquecimento global causado pela actividade humana, terá sido frequente. A rejeição de artigos de outros cientistas e a pressão para a demissão de editores de jornais importantes também terá ocorrido.
Numa altura em que se discute um eventual acordo em Copenhaga e em que se negoceia, hipocritamente, a compra e venda de emissões de CO2, que contribui para o aumento do fosso norte/sul, a divulgação deste “Climategate” origina, na população em geral, um sentimento de insegurança sobre um tema bastante consensual que aponta para a necessidade de impedir que as actividades humanas contribuam para o aquecimento global e para as mudanças climáticas da actualidade.
Apesar da coincidência deste caso surgir num momento em que se podem tomar decisões importantes para a Terra e, por esse motivo, poder ser enquadrado numa espécie de lóbi contra todos os que tem lutado contra o aquecimento global, as divisões simplistas entre os “bons” e os “maus” que, na área do ambiente muitas vezes ocorrem devem, pelo menos, ser analisadas com menos paixão e mais racionalidade.
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O que é que o ambiente interessa??? A malta gosta é de comentar as intrigas da politica local.
ResponderEliminarO que diz o anónimo das 23h43 é bem verdade.
ResponderEliminarQuando os post apresentados são sobre politica, aparecem comentários às dezenas. O mesmo não acontece quando se apersentam posts de superior interesse, como é o caso do actual.
Prof. Luís, o aquecimento global é um problema transversal a todos os povos. Constitui uma forte ameaça para a humanidade.
Mas, como todas as ameaças se podem transformar em oportunidades, o aquecimento global pode ser uma excelente oportunidade para o nosso País, pois, ao mitigar-se os seus efeitos, tornaremos a nossa industria muito mais eficiente e também se desenvolverão novos nichos de mercado resultantes do advento de novas tecnologias.
Portugal é um País com fraquissima intensidade energética, tendo em conta que gastamos muito mais energia para a produção de um determinado produto que os nossos concorrentes. Somos dos piores na Europa neste contexto. Melhorando este factor, estamos em melhores condições de não sermos penalizados por emissões excessivas e tornamos a nossa industria mais competitiva, assim como contribuiremos para um menor aquecimento global.
O despertar para este problema tem permitido uma aposta em I&D relativo a novas tecnologias no campo das energias revováveis. No entanto, é preciso não se entrar em muitas euforias e ilusões. Tudo vai levar o seu tempo, mas os resultados aparecerão.
Para já, a melhor aposta é a eficiência. Tal como diz um amigo meu: "o kWh mais barato é aquele que não é consumido".
Interessante este comentário. Ao lançar a questão do climategate procurei, sobretudo, chamar a atenção para um tema que está em forte discussão em diversos países e que, estranhamente, no nosso foi quase omitido pela imprensa. Apenas o jornal I trabalhou esta questão que nasceu com o acesso a mails que indiciam práticas incorrectas de membros da comunidade científica ligada á luta contra o aquecimento global causado pelas actividades humasnas.
ResponderEliminarNão pretendi de modo algum defender o primado da economia pela economia, dado que, com aquecimento global motivado pelas actividades humanas ou não, a ideia da sustentabilidade do desenvolvimento faz sempre todo o sentido.
Quanto aos posts sobre política local, não tenho dúvida que são os que despoletam maior interesse mas há mais vida para alem das tricas político partidárias.
Há uma série de cientistas desempregados...biologos, estatisticos, etc...etc...A preocupação pela ecologia - discutivel é se a Ecologia é verdadeiramente ecológica...ou seja se os verdes defendem o que é efectivamente ecológico e se o greenpeace está ou não ao serviço da ecologia...
ResponderEliminarAgora o que nos parece atodos conflituante é a Economia versus Ecologia...
Em termos contabilisticos ou temos mais natureza ou mais manteiga...Ou seja protegendo a natureza -entenda-se o modo selvagem sem intervenção humana, vamos prejudicar o desenvolvimento social e o sector alimentar...
è possivel alimentar o mundo inteiro com alimentos genéticamente modificados... hoje qualquer um pode comer um frango de aviário...antigamente não era petisco para todos...
Mas, pensar no aquecimento global sem pensar nas pessoas, ou aplicando medidas eugénicas de controlo de natalidade é anti ecológico...
O que é mais ecológico? A compostagem ou a icineração de produtos biodegradáveis? E os não degradáveis por metodos biológicos devem ou não ser incinerados?
A opção pelos automóveis electricos é menos agreciva do ambiente? então e os residuos que vão ser produzidos (acidos e materias não degradáveis) resultantes das baterias super potentes que se degradem?
Que saudades! O professor Luís deve ser como o presidente do Varzim, não deve pagar salários. Como não lhe pagou o salário a tempo e horas o Renatinho andou desaparecido. O seu comentador residente ainda chega a presidente da ordem dos comentadores!
ResponderEliminarÉ pá, às vezes fico aborrecido com os comentários do Renato, mas o que mais me aborrece são os comentadores que vêem o Renato e desatam logo a dar paulada sem apresentarem qualquer contribuição à discussão.
ResponderEliminarAvancemos!
O assunto das alterações climáticas é algo que me deixa muitas dúvidas.
Seria ingenuidade pensar que a acção do homem sobre o meio ambiente não implica alterações profundas no planeta, inclusive ao nível do clima.
Por outro lado também temos que lembrar que a Terra não é um meio estático, tem a sua dinâmica própria. Na década de 70 do século XX os estudiosos do clima eram praticamente unânimes ao afirmar que caminhávamos para uma nova era glaciar. 40 anos depois este pensamento parece absurdo. O que nos garante que as actuais preocupações não parecerão também absurdas daqui a outros tantos anos?
Uma tomada de posição consciente sobre este assunto torna-se ainda mais difícil quando identificamos “ruídos” provocados por lóbis alimentados pela indústria petrolífera, investigadores obscuros que assumindo uma posição radical saem do anonimato, grupos extremistas que defendam um estilo de vida quase primitivo, etc., etc.
No entanto, tenho apenas duas certezas:
Os combustíveis fósseis não são o futuro, e os primeiros a assumirem essa posição são as grandes indústrias do petróleo (só a título de exemplo: a Shell desenvolve e comercializa painéis solares há mais de 10 anos).
O planeta terra tem limites e não pode sustentar uma população humana tão numerosa e cada vez mais ávida de recursos naturais.
Sobre o comentário do Renato tenho duas observações:
Não entendo o que refere como “medidas eugénicas de controlo de natalidade”.
Sobre os automóveis eléctricos: ninguém sabe como serão os automóveis do futuro, mas podemos assumir que não vão funcionar com uma super bateria convencional. Aliás, os actuais automóveis eléctricos de carregar na tomada doméstica não passam de uma falácia, uma vez que a maior parte da energia eléctrica fornecida pelas redes eléctricas resulta de centrais termoeléctricas, ou seja, da queima de combustíveis fósseis para gerar electricidade.
Uma pescadinha de rabo na boca!
Actualmente o modelo mais provável para o automóvel eléctrico baseia-se na tecnologia das células de hidrogénio, com motores eléctricos individuais instalados em cada uma das rodas motrizes. Tal significa uma grande economia energética a nível de dissipações em engrenagens e veios motrizes (responsáveis pelas maiores perdas de energia já transformada num ciclo Otto (gasolina) ou Diesel (gasóleo)), além de resultarem num veículo muito mais leve, dispensando os referidos elementos mecânicos mais o bloco do motor.
Mas voltamos ao mesmo, o hidrogénio não é algo em que a gente tropece no dia-a-dia, tem de ser sintetizado!
E aqui meto uma farpa! Porque não ponderar a energia nuclear?
Actualmente as grandes preocupações com esta forma de energia baseiam-se em 2 pontos:
- Risco de acidente numa central nuclear.
Desde a década de 50, tanto quanto eu sei, apenas se registaram 3 acidentes graves. Um nos EUA, outro na URSS e um último no Japão. Estes acidentes tendem a ser minorados com a selecção mais criteriosa de locais geologicamente estáveis para a instalação destas centrais assim como o desenvolvimento tecnológico dos meios de prevenção.
- Armazenamento dos resíduos nucleares.
Recentemente têm surgido de França investigações interessantes neste domínio. Em laboratório já se conseguem tratamentos que tornam o lixo nuclear inerte ao fim de cerca de 100 anos. Investigadores mais optimistas indicam que este período pode ser brevemente encurtado para 40 anos.
Enfim, uma série de considerações para reflexão de todos…
Mais havia, mas a disponibilidade é curta.
Uma sugestão para debater e explorar este tema: estudem e depois, só depois, pesquisem na Net.
Um abraço para todos os interessados neste tema vital para a nossa casa comum: o nosso querido planeta Terra.
Eu também não gosto dos comentários do Renato de Argivai. Mais parece um Ministro da propaganda do PS de Renato Matos, sempre a levar a puxar a brasa para a sua sardinha.
ResponderEliminarE depois custa-me a interpretar o que escreve.
Ainda vão ver o Mário Soares a gritar: 'O Renato é fiche!'
ResponderEliminarPor acaso o Mario Soares já disse isso de mim...aposto que tu anónimo das 10:18 fazes parte da equipa da espionagem politica encomendada pela dra manela...
ResponderEliminarQuando falo em medidas eugénicas de controlo de natalidade...quero dizer muita coisa que não posso afirmar directamente sob pena de me cairem todos em cima...Claro que me refiro ao não nascimento de seres humanos...por razões de outra ordem que não a humana...
ResponderEliminarPodemos incluir as teorias do aborto por insuficiência económica,as medidas de esterelização, as punitivas de plurimaternidade,as selectivas por apuramento racial ou de espécie, as discriminações positivas ou negativas em função da raça ou sexo, os genocidios e a deslocação massiva de populações, os refugiados e campos de concentração, as perseguições religiosas e tantas outras disfunções sexuais, que atentam contra o normal desenvolvimento da humanidade e da sua normal procriação...e protecção infantil...(falta dela...) etc. etc. etc...
Mas aí está caro Renato!
ResponderEliminarTodos os exemplos que referiu de medidas eugénicas de controlo de natalidade têm outros objectivos que fogem ao âmbito da protecção ambiental.
Daí ter levantado a questão em relação a este seu comentário.
O Mário Soares é outro jeitoso que alguns ex-combatentes do ultramar gostavam de dar umas palavrinhas
ResponderEliminarAnónimo..isso é no seu modo de ver...Eu não concebo o Paraiso sem Adão e sem Eva...E claro sem a ausência de Deus... Nem posso dispensar a serpente que foi um bicho criado pelo Criador também...nem a maçã claro...A Ecologia só pode ser concebida, para quem acredite em deus e no Deus da Biblia como a Terra Prometida onde jorrará "o leite e o mel"...
ResponderEliminarCaro Renato, respeito o seu ponto de vista.
ResponderEliminarMas entendo que afasta em demasia o tema em questão para um âmbito teológico.
Cumprimentos anónimos!
Anónimo: posso parecer um outsider...mas não...A minha coerência é comigo e com aminha consciência...Claro que quando Blogo(do verbo blogar)não estou preocupado com posições de tese a defender na catedra...E muitas vezes fou um provocador...no bom sentido da zeetética...
ResponderEliminarCaro Renato,
ResponderEliminartudo o que escreveu no último comentário já eu tinha percebido (e provavelmente toda a gente que acompanha os seus comentários).
Continuação