sábado, 2 de janeiro de 2010

A questão do preço da água


Um dos temas mais em foco nos últimos tempos foi o do preço da água. No último acto eleitoral esta questão esteve presente no debate político em muitos municípios, incluindo no da Póvoa de Varzim. Também na definição do tarifário para 2010, houve discussão, controvérsia e decisões diferentes. Uns, seguindo as orientações “liberalizadoras” do Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais (PEAASAR II) e do famoso princípio do utilizador pagador, optaram por continuar a reflectir no consumidor os custos globais que estão a montante da sua produção, enquanto outros, fundamentando as suas decisões nas preocupações sociais, optaram por utilizar uma maior fatia do orçamento municipal para compensar os referidos custos. Houve ainda outros, como Vila Nova de Gaia, que optaram por “soluções de compromisso” alargando os escalões de pagamento tentando favorecer as famílias mais carenciadas.
Aproveitando a forte discussão a que este tema foi sujeito no nosso concelho, convido-vos a emitir opinião no inquérito disponibilizado neste blog.

6 comentários:

  1. Bom. O aumento do custo da água, no consumidor, deve acompanhar o custo de produção.
    Se, ao lavar os dentes ou fazer a barba, deixo a torneira aberta a correr água; as torneiras pingam sem cessar; encho a banheira para tomar banho ou me delicio debaixo do chuveiro tempo sem conta, não devo esperar que sejam os contribuintes a subsidiar-me as necessidades, os vícios ou desleixo.
    Quanto aos custos associados à água (saneamento,lixo, tarifa de salubridade,taxa de recursos hídricos), parece-me serem cobranças impostas que não reflectem a poupança de água, no consumidor habitacional.Senão vejamos: a 5 m3 de água correspondem 306% de "taxas"; 8 m3 a 276% e 11 m3 a 249%.
    Na restauração e empresas, com consumos exorbitantes de água, qual a regra justa?
    Será que estas "taxas", para maior justiça social, não deveriam acompanhar o custo real do consumo de água?
    C. Soares

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  2. Bastante pertinente o post e o primeiro comentário. Têm que surgir medidas de racionalização do consumo e compreende-se que haja "alguma penalização" para quem não o faz. No entanto o actual estado de desenvolvimento do país ainda não permite um salto tão grande.

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  3. Votaram na trupe do Macedo Vieira?
    Bem feito! Ainda deviam pagar mais!

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  4. E... ninguem diga que desta água não beberá...

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  5. O pior problema é se privatizam o sistema de agua lixo e saneamento...A empresa que ganhar o concurso vai poder cobrar taxa de salubridade, taxa de lixo, taxa de saneamento? ou a Cãmara vai buscar esssa massa de outra maneira?

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  6. Realmente a questão da concessão a privados da gestão da rede de água em baixa é um tema que que se começa a colocar nas escalas local e regional. Também a nível nacional e mesmo mundial a pressão já existe com grandes empresas transnacionais a aproveitar este novo tipo de "negócio".
    Espero abordar brevemente esta questão.

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