No nosso país, a maioria das pessoas que se candidatam, com sucesso, a um cargo público, abandonam o nome que habitualmente usavam. A partir do momento em que são eleitos ou escolhidos, e para além das inúmeras alterações no visual, surge uma autêntica revolução ao nível da grafia e do som. Assim, ministros, deputados, autarcas e gestores deixam de ser tratados pelos seus nomes habituais, normalmente o primeiro e o último, e passam a ser conhecidos pelo nome, ou conjunto de nomes que melhor combine. Esta situação faz com que, muitas vezes, afirmemos desconhecer o novo responsável pelo cargo X ou Y e, afinal, trata-se do conhecidíssimo Tone. É o marketing político em acção, e em vez do antigo Tone, Xico ou Manel, surgem, através de um autêntico passe de mágica, o Ferreira de Campos, o Carvalho Amorim ou o saudoso Teixeira da Cunha.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
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E que tal Gonzaga Castro?
ResponderEliminarNão está mal, mas falta-me o cargo público.
ResponderEliminarPeneirentos. Não há muitos anos seriam assim chamados.
ResponderEliminarAntes da "revolução de 74", nomes com muitos apelidos indiciava origem de famílias de "sangue azul". De lá para cá, alguns papás empenham-se em duplicar os nomes e apelidos dos seus rebentos. Saudosismo? Peneirentos? Ou para uma melhor identificação individual, parente do ADN ou da impressão digital, reconhecível pela sociedade?
Não será altura de lhes acrescentar um código de barras?
C. Soares