quarta-feira, 8 de julho de 2009

Quem com ferros mata…



Algumas das características que aprecio em qualquer líder são a frontalidade, a capacidade de envolvimento com a equipa, a disponibilidade para o trabalho conjunto e a força para tornear as dificuldades. Nos momentos complicados quem reúne estas condições consegue reagir, defendendo as suas ideias e sua equipa, preferindo sempre a assumpção das responsabilidades inerentes ao seu nível hierárquico de topo, ou seja às que resultam da sua própria liderança.
Detesto líderes que, perante a mínima contrariedade, não descansam enquanto não conseguem total desresponsabilização, atirando, muitas vezes, para os seus colaboradores responsabilidades pelos insucessos.
Já sabia que, no Ministério da Educação, tinha uma líder que justificava tudo o que de mau acontecia no sector com a eventual preguiça e a incompetência dos professores. Qual o colega que não se lembra da frase: “Perdi os professores mas ganhei o país”?
O que não sabia era que, após o desvio de responsabilidades para outros, nomeadamente para os sindicatos, seria possível encontrar novos culpados para o estado actual da educação. A responsabilização da comunicação social, pela diminuição do empenho dos alunos na sua preparação para os exames nacionais, ultrapassou tudo aquilo que seria imaginável. (ver aqui)
Quem trabalha os dados estatísticos de modo ligeiro e conjuntural, atribuindo, quando as “coisas correm bem”, méritos imediatos às suas políticas, arrisca-se a não encontrar mais bodes expiatórios para os momentos maus. Ao culpar a comunicação social já nem considera os antigos admiradores da sua cruzada contra a classe dos professores, como foi o caso de José Manuel Fernanades, do jornal Público.

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