quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Mais vale tarde do que nunca

Está muito na moda falar mal da Internet. Critica-se o seu uso excessivo e obsessivo. Lamenta-se o total descontrolo do acesso das crianças e adolescentes. Proclama-se a Internet como um dos fenómenos responsáveis pela suposta "degradação moral e social" das sociedades modernas e não falta quem afirme que a navegação excessiva obstaculiza as boas práticas nomeadamente de actividades lúdicas e desportivas. Discute-se a reduzida qualidade de muitos materiais produzidos e nem é necessário falarmos das questões relacionadas com a facilidade de acesso a conteúdos impróprios para os mais novos e das redes de criminalidade associada à pedofilia.
No entanto há, sem dúvida, aspectos positivos que nem sempre são valorizados e, neste caso, relacionam-se com a possibilidade de qualquer indivíduo escrever abertamente sobre os assuntos que lhe interessem, mesmo que a qualidade dos seus textos seja reduzida.
No meu caso, o gosto pela escrita sempre existiu. Possivelmente fraca e, por isso, sempre guardada nas minhas capas, gavetas, disquetes, pens ou outro sítio bem escondido.
Sempre que escrevo, principalmente quando o faço sobre situações que me parecem injustas ou até mesmo escandalosas, tenho uma óptima sensação de alívio que me traz uma tranquilidade indescritível.
É, portanto, neste contexto de catarse que devem ser entendidos todos os textos publicados estabelecendo ligação com o próprio nome do blog.
Tendo noção de que, apesar do anonimato, não posso escrever sobre situações concretas sem possuir meios de prova, tentarei, neste espaço, reflectir de um modo mais abstracto sobre casos/tipo que tanto poderão corresponder a factos ocorridos na minha querida cidade da Póvoa de Varzim como em qualquer outro espaço.

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