quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A Pítia do Regime


Cada vez há menos paciência para ouvir, de quem usufrui de mordomias desproporcionadas para a dimensão do país, lições de macroeconomia. Expressões como moderação salarial, equilíbrio das contas públicas, competitividade, controlo da inflação e tantas outras, vindas de quem tem vindo, valem cada vez menos.
Apesar de reconhecer pertinência à generalidadedas questões levantadas, nota-se muita inabilidade na comunicação dessas evidências e, ainda mais grave, fica sempre a sensação que todos os sacrifícios feitos por quem trabalha não são canalizados para os desperdícios mas, quase sempre, para novos vícios, acabando tudo numa espécie de ciclo vicioso em que acaba sempre pior quem menos tem.
Vale a pena ler o artigo de opinião de Manuel Pina sobre o expoente máximo destas comunicações, o Dr. Vítor Constâncio, considerado pelo autor como uma espécie de Pítia do nosso regime.

4 comentários:

  1. A meu ver o principal problema nao é, de forma alguma, a redução salarial ou o congelamento dos salários. Até porque é logico que em tempos de crise é necessário apertar o cinto. O que é grave é pedir à generalidade das classes profissionais que ab
    abdique do crescimento dos salários quando os barões da nossa socieadade não abdicam dos seus salários exurbitantes e de todas as mordomias das quais usufruem. Eles, e nomeademente o Dr. Vitor Constâncio, deviam ser os primeiros a reconhecer que os salários que auferem são desproporcionais às responsabilidades que assumem bem como à qualidade da obra feita.

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  2. Isto para mim só lá vai assim: tudo o que seja reformas acima dos 1500 € (mil e quinhentso euros-trezentos contos) seriam congeladas, e transformadas em certificados de aforro ou empréstimo obrigatório ao país a um prazo de vinte anos, com juros de 1,5% indexados á inflacção...E mai`nada...
    Quanto a salários definir não só o minimo como o máximo nacional, que seria o equivalente a cinco salários minimos nacionais...
    E pronto...reduzia o deficit publico...
    até porquemuitas das reformas de nababos são reformas que não resultaram de contribuições efectivas para efeitos de reforma...eu nõa acredito que alguém descontasse, por mes dez mil para auferir na reforma oito mil...Mas como diz o outr..desde que vi um porco a andar de bicicleta...

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  3. Realmente, para quem nao sabe o que é a dureza do trabalho e da incerteza do emprego, é muito fácil pedir sacrifícios.
    Faltam exemplos para que haja uma vontade comum para o sacrifício

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  4. Olha o Renato a pedir contenção.. Mas ele também não faz nada, o sacana.

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