quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Apontamentos de campanha IV – Insensibilidade social

Os mandatos dos sucessivos governos locais de maioria PSD foram caracterizados, na minha opinião, por uma enorme insensibilidade na área social. Nos contactos com a população, esta questão era quase sempre abordada, confirmando aquilo que, no plano teórico, me parecia evidente. Inércia, falta de aproveitamento dos recursos endógenos, poucos exemplos de criação de sinergias para o combate à pobreza e ausência de diálogo e desaproveitamento das propostas concretas apresentadas pela oposição, foram características sempre presentes ao longo dos diversos mandatos.
A opção, quase exclusiva, pelo apoio lateral às instituições privadas ou de solidariedade social, é demonstrativa da falta de reflexão sobre outras possibilidades de intervenção que, noutros municípios, estão a ser implementadas e, em muitos casos, com assinalável sucesso. Por melhor desempenho que as referidas organizações revelem, existirá sempre uma lacuna que poderia ser preenchida por um executivo mais preocupado com a qualidade de vida das pessoas do que com a realização das grandes obras de interesse, no mínimo, discutível.
Por outro lado, aquela opção contribui, nalguns casos, para uma autêntica dispersão das iniciativas que, atendendo à necessidade de existirem com bases sólidas de sustentabilidade logística e financeira, terão, muitas delas, pouca probabilidade de sobrevivência. Como é possível por exemplo, no mesmo concelho, fomentar-se a criação e desenvolvimento de projectos na área social com os mesmos objectivos e o mesmo público-alvo em freguesias vizinhas, quando sabemos, à partida, que dificilmente serão autónomos do ponto de vista financeiro e terão enormes dificuldades de manutenção, apesar dos impulsos altruístas e da consequente recolha de fundos de algumas iniciativas caritativas?

4 comentários:

  1. Pra mim o maior erro cometido na poóvoa etambém anivel nacional e muito por culpa darevisão constitucional tem aver com aeliminação do direito constitucional á AUTOCONSTRUÇÂO...
    ... Esse normativo surgiu para beneficial bancos e empreiteiros e nunca as pessoas que necessitam de habitação...mesmo no ambito do PER os grandes beneficiarios foram as empresas de construção civil ganhadoras dos concursos e as entidades bancárias que concederam os empréstimos quer aos municipios, quer aos particulares adquirentes de habitações acustos controlados... O sitema de "Habitação Social" é um sistema sem futuro que prejudica muitos para beneficiar uns poucos...Além de que não resolve os problemas da segunda ou terceira geração oriunda dos residentes originais...cujo handicap social já era visivel e mensurável...
    melhor seria o estado distribuir lotes de terreno em locais pré definidos, com projecto aprovado e a ser construido pelos próprios com apoio directo ou não de materiais...Aí teriamos um pais melhor ordenado com mais possibilidades e mobilidade social, mais empregos ou actividades pessoais e remuneradas, etcetc.. claro que quem perderia seram os bancos e as grandes empresas de construção civil...

    ResponderEliminar
  2. Não há iniciativa para apoio a famílias carenciadas, a idosos ou dwsempregados.Há muitas autarquias onde isso já existe.

    ResponderEliminar
  3. o que sería do nosso País sem Bancos! mas os bons, os que garantem as poupanças e os depósitos. Antes Bancos com Gestão e Organização séria e profissional...que a realidade do sector público em geral...é só vê-los, começando nas autarquias com os DRS Dourados, os ENGº Aires, passando às maiores empresas públicas com os DRS Armandos Vara, até ao Parlamento, com os DRS Paulos Pedrosos, e novamente autarquias com os MAJORES Valentões, as DRAS Fatimas Felgueiras...deixem os Bancos...mas os bons...de preferência Espanhois, pois esses parece que garantem as nossas poupanças!
    um abraço

    ResponderEliminar