quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Assimetrias
http://www.worldmapper.org/countrycartograms/carto_prt.htm
O jornal Público, na sua edição de 6 de Outubro, apresentou um interessante e documentado dossier sobre o agravamento, verificado nos últimos vinte anos, da assimetria entre o litoral e o interior do território nacional. Destaca os casos dos concelhos próximos das áreas metropolitanas do Porto e Lisboa, onde o ritmo da concentração é muito elevado e, com menos intensidade, refere mais três pólos nas proximidades de Aveiro, Loulé/Albufeira e Entroncamento/Torres Novas.
É estabelecida a relação entre as receitas, para as autarquias, resultantes dos licenciamentos de construção e a inevitabilidade do surto construtivo, apontando-se para a necessidade de alterar radicalmente o seu financiamento, admitindo-se, por exemplo, a possibilidade de taxar auto-estradas que utilizam o território dos municípios ou valorizar as reservas agrícolas (RAN) e ecológicas (REN) nacionais.
Há, no entanto, concelhos de dimensão média que resistem a esta tendência assimétrica apostando nos seus recursos endógenos e em “especificidades locais/regionais” que são, muitas vezes, o factor de diferenciação que permite combater esta tendência. Aquelas especificidades relacionam-se, quase sempre, com o património cultural e natural. São apontados vários exemplos com destaque para Óbidos e Guimarães.
A crítica a esta situação atravessa praticamente toda a população portuguesa mas, na escala local e no exercício do poder, comportamo-nos de modo semelhante, votando ao abandono os lugares e as freguesias que mais necessitavam do apoio das autarquias, havendo mesmo casos em que a pobreza e a exclusão nas “periferias” dos concelhos são chocantes de mais para continuarmos indiferentes.
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nem +por isso...um pouco mais ou menos...
ResponderEliminar23 de OUTUBRO Assembleia Extraordinaria do CDP. Ordem de trabalhos: Venda das instalações.
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