sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Um problema de escala


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Póvoa de Varzim e Vila do Conde são dois concelhos vizinhos que, ao longo da história, viveram, e ainda vivem, fortes rivalidades. A diferenciação social histórica entre os dois territórios, com uma Vila do Conde “mais nobre” e mais rica até rivalidades mais recentes relacionadas, por exemplo, com o movimento associativo dos dois concelhos são apenas exemplos dessa diferença e da vontade de afirmação individual das diversas lideranças existentes nos dois espaços.
Esta excessiva rivalidade impediu, durante tempo a mais, abordagens de escala intermédia entre o local e o nacional que “antecipassem o futuro” e cujas consequências mais graves foram sentidas na demora da resolução do problema do tratamento das águas residuais dos dois concelhos.
Nos últimos anos, quase por imposição, os responsáveis políticos foram “obrigados a entender-se” sobre aquele problema e, anteriormente, sobre outras matérias relacionadas com a educação e saúde.
Neste contexto, entendo como menos positiva a eventual acção individual, por parte de Vila do Conde, na zona do Forpescas. Impunha-se uma abordagem mais global, em que interviessem os responsáveis dos dois concelhos e o poder central, de modo a conseguir-se que o projecto global não colidisse com a estratégia de desenvolvimento de cada um dos concelhos e que se reunissem as sinergias necessárias a empreendimentos desta envergadura. Por exemplo, a colocação de um campo de futebol não me parece coincidente com os últimos desenvolvimentos verificados nos dois concelhos e, por outro lado, um Museu do Mar ou dos Pescadores faria todo o sentido se perpetuasse a história rica de uma população que, ao longo dos tempos, se desenvolveu nos dois territórios.
Neste estudo mais aprofundado da intervenção em toda a área, e por razões óbvias que se prendem com a localização geográfica e com a “complementaridade para terra”, seria importante discutir, também, a eventual “permuta” de espaços das funções associadas à pesca pelos que se relacionam com o turismo associado ao mar.

6 comentários:

  1. A "POVOA DO CONDE" ou "Euracini-Comte" seria uma cidade aglomerada e aglutinadora das duas cinergias maritimas...seria bom para caxinas, argivai e eventualmente averomar mas a realidade da póvoa freguesia na sua tripla valência paroquial Matriz/Lapa/Desterro a que alguns querem com alguma razão fazer corresponder a novas freguesias poveiras, mas essa realidade intrinceca e a das demais aldeias sairia prejudicada face à pujança de uma Vila do Conde rural quanto baste e já fortemente industrializada... Por isso 1973 foi já tardio no reconhecimento da Póvoa de varzim como Cidade, que sofreu com a crise do 25 de Abril de 1974 as dores de crescimento... foi o "regresso das caravelas" com a vinda para o concelho de significativas familias de "angolanos e moçambicanos" de 1ª, 2ª e 3ª geração, que potenciaram o desenvolvimento daPóvoa de varzim transformando-a naquilo que hoje representa e alimentando o seu deficitário crescimento..Mais que aos emigrantes das Franças e às pessoas de Gimarães efamalicão que aqui compraram segundas habitações- normalmen/e apartamentos e/ou mandaram edificar casas tipo "maison". foram esses "regressados" das àfricas, que apar com os já regressadosdos brasis.. tornaram a povoa no que é hoje..uma cidade livre e independente, infelizmente não tão bem gerida..mas o slado é positivo...

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  2. a Póvoa e Vila do Conde já têm parques e campos de jogos que cheguem.Seria muito mais util criar ali algo ligado á marina com equipamentos de apoio á mesma.
    Muita gente não sabe mas a nossa marina tem uma taxa de ocupação boa e um serviço acima da média quando comparada com outras.
    Quem o diz são os utentes que tecem rasgados elogios á marina e principalmente ás pessoas que nela trabalham.
    Para estes o meu "BEM HAJAM".
    O grande erro camarário foi que esta deveria ter ficado onde está o porto de pesca, pois em termos de beleza e acesso á cidade seria o ideal.
    O Porto de pesca passaria para o outro lado que em termos de condições e acessos dos "Homens Do Mar" tambem viriam a ganhar
    José Tinoco

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  3. 1º Que rivalidade é essa que não vejo na realidade em populações tão próximas... acho que isso da rivalidade nao deve ser mostrado assim dessa forma, dando noção errada da situação. Rivalidade é o que se vê entre Braga e Guimarães. Não entre Povoa-Vila do Conde. Não caiam em asneiras de comparar, sub-liminarmente, as duas situações.

    2º esse território não é de Vila do Conde. Existe legislação para transferência de todo o território até à igreja do senhor dos Navegantes. Apenas a Vila nao quer ceder e a Póvoa, hoje, não se tem esforçado para o controlar. É aqui que essa rivalidade deve ser vista.

    3ª O texto faz pensar que logo ali situa-se Vila do Conde, só por aparecer num mapa. Demonstrando falta de conhecimento do autor do terreno, até da realidade da própria cidade onde vive.

    4º As Caxinas, não devem ser entendidas nessa rivalidade, como as vezes é levianamente feito, se bem que tem sido instrumentalizada. As caxinas é descendente da rivalidade histórica entre Bairro Norte e o Bairro Sul, pois as Caxinas tem mais a ver com o Bairro Norte, de onde veem muito da população piscatória. Note-se que Poça da Barca tem outra identidade bairrista, ligada ao Bairro Sul. Pelo que existe a Poça da Barca, existe as Caxinas e existe Vila do Conde. As duas primeiras querem formar freguesia, porque a sua cultura é poveira.

    4º Tenho notado alguma leviandade como o PS Póvoa tem lidado com estas questões populares. 1º estao a teimar com a transferência do Porto, para uma zona em disputa territorial, além de que historicamente o porto sempre foi na parte mais a norte), ideia boa que me parecia inicualmente, e já a Marina da Póvoa tem outro projecto de expansão, o ideal é ouvi-los! 2º andarem a aproveitar o controverso estatuto de vila a Aver-o-Mar. Estatuto que a freguesia não deveria ter, por estar integrada na cidade, ou seja, o PS Póvoa quer é criar caos territorial, nao está interessado no ordenamento do território. 4º o candidato que apoia na Estela, vai na mesma esteira populista e degradante.

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  4. Todos os socialistas no Sócrates vão votar, no Sócrates vão votar,

    No facilitismo vão insistir, e na estatística vão trabalhar,

    No facilitismo vão insistir, e na estatística vão trabalhar.


    É que esta hora, é hora de facilitar, é hora de facilitar,

    Mas ainda é tempo para Portugal atrasar,

    Mas ainda é tempo para Portugal atrasar.


    Pais, mães ou avós à cama lhes vão dar, à cama lhes vão dar,

    Um diploma das novas oportunidades, que num Domingo à tarde vão conseguir tirar,

    Um diploma das novas oportunidades, que num Domingo à tarde vão conseguir tirar.

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  5. Se eu pudesse, votava no socrates todos os dias...

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  6. Não te preocupes que o Socrates, se puder, também te vai desgraçar todos os dias.

    Por isso, vê lá. Talvez até queiras votar no Socrates todos os dias, várias vezes ao dia.

    Para não falar de Lurdes Rodrigues, essa figura carismática, que é uma boa referência para qualquer socialista, Poveiro ou do resto do País.

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