quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Machadês

Quando estamos a formar opinião sobre um indivíduo conseguimos, na maioria dos casos, aproximar-nos gradualmente das suas características. Ficamos a saber se revela muitas ou poucas capacidades, se é mais ou menos nervoso ou mais ou menos seguro de si.
No entanto, há casos em que ficamos numa situação de dúvida, baloiçando entre extremos impensáveis como sejam a possibilidade de estarmos perante alguém com fortes limitações ou, pelo contrário, com uma inteligência invulgar.
Vem estas considerações a propósito de um conhecido treinador de futebol, que usa e abusa de um vocabulário rebuscado mas que, provavelmente, terá muitas mais capacidades do que aquelas que muitos lhe atribuem.
Não querendo tirar essa questão a limpo, há um dado que me parece indiscutível e que se relaciona com o enorme sentido de humor que, goste-se ou não, acaba por revelar. As suas últimas declarações sobre a catequese, infelizmente ainda não disponíveis no Youtube, a propósito de um jogo de futebol no passado fim-de-semana em que a sua equipa terá sido prejudicada pela arbitragem, são um enorme contributo para a boa disposição e colocam em destaque um estilo inimitável que já merecia ter, pelo menos nas redes sociais em que qualquer facto origina a criação de grupos de apoiantes, um conjunto organizado de fãs incondicionais.
Na falta desse vídeo, recuperemos o dicionário machadês.

4 comentários:

  1. http://www.youtube.com/watch?v=JZWVXAdvZDY

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  2. É impressão minha ou está a faltar o gás ao "Descarga"?... Isto anda parado...

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  3. Tenho que concordar.
    Espero escrever sobre esse assunto no dia 19 de Fevereiro.

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  4. O “Descarga” sem “carga”???

    Imagino que pode ser difícil para um responsável por um blogue manter um elevado grau de importância, interesse, utilidade, reflexão ou pertinência em todos os temas abordados, tal como o Descarga nos tem habituado.
    Parece evidente que nos últimos tempos tem faltado debate e reacção às entradas no blogue. Mas seria injusto censurar o autor por falta de empenho. As recentes entradas sobre a gestão das águas públicas ou a reabilitação urbana são de extrema importância e complexidade. Confesso que sobre estes dois temas perdi (ou talvez tenha ganho) várias horas a tentar esboçar comentários que pudessem contribuir para os assuntos abordados. Acabei por não submeter qualquer comentário por considerar que as minhas reflexões eram redundantes ou necessitavam de mais trabalho e fundamentação, que na devida altura não consegui reunir (nunca escrevo directamente na caixa de comentários: prefiro estudar, investigar, escrever, rasurar, rasgar e rescrever as minhas ideias no papel e daí retirar o que possa ser útil para o tema introduzido). Apesar de não ter deixado qualquer comentário fica evidente que estas questões “mexeram” comigo, levando-me a reflectir, a pesquisar e a tentar explanar o meu ponto de vista. Foram um excelente exercício para mim, se mais longe não foram foi pela minha falta de capacidade.

    Quero com isto tudo dizer que um blogue não se mede pelo número de comentários.
    Prefiro um Descarga com altos e baixos do que qualquer outro blogue que ao primeiro sinal de falta de “feedback” recorre à entrada polémica ou, por exemplo, ao fácil maldizer do “estado”, enquanto entidade abstracta, para originar centenas de comentários de “Mata! Esfola!”.

    Caro professor Gonzaga, enquanto o seu blogue bulir comigo, mesmo que de forma muda, continua a valer a pena.

    Votos de continuação de um bom trabalho!
    De um assíduo leitor anónimo e esporádico comentador.

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